novembro 10, 2008

Obras nas escolas: os "cobertos"!

São bem precisas: é inegável!

Se em algumas escolas a intervenção não vai além duma "lavadela" do rosto, noutras deita-se abaixo aqui, constrói-se acolá e novos conceitos de espaço vão tomando forma, mais ou menos adaptados às modernas exigências da actual escola multi-tudo (cultural, curricular, etc).

Também no caso da Educação Física, o ideal seria que se melhorassem as condições existentes, dentro de cada realidade: haverá escolas que não sentem necessidade de melhorar as suas instalações, mas a maior parte necessita intervenção. Seria fundamental, nomeadamente:
- a salvaguarda de espaços de aula para as aulas previstas, independentemente de condições climatéricas, ou seja, haver espaços cobertos para todas as aulas;
- garantir a existência de espaços polivalentes, no que diz respeito à abordagem das actividades previstas nos programas.

No entanto parece que, em várias escolas, estão a substituir ginásios por cobertos exteriores, os quais criarão mais problemas do que os próprios espaços exteriores existentes, quer ao nível da possibilidade de utilização dos pisos em termos de humidade, quer ainda na impossibilidade de utilização dos mesmos em situação de exercício no solo. As modalidades de interior ficam por abordar? Voltamos às escolas sem pavilhão? Avançamos para o conceito do Portugal Tropical, numa perspectiva muito mais informada sobre as hipotéticas mudanças climatéricas do futuro?

Além disso, a preservação das estruturas será um factor a considerar, tendo em conta o controlo visual destes espaços, bem como a sua localização, que se tornam mais expostos a actos de vandalismo, em especial aos fins de semana.

Neste momento, em que somos assolados por inúmeros assuntos bem preocupantes para a nossa classe de docentes, gostaria de ter a certeza que não andamos distraídos e que temos energia para lutar pelas condições de trabalho que merecem os nossos alunos e as futuras gerações.