Foram publicados os pré-requisitos exigidos para a candidatura à matrícula e inscrição no ensino superior. No que toca aos cursos de desporto, há cursos que exigem a realização de provas de aptidão funcional, física e desportiva.
Como sabem, há alguns anos a esta parte e sem uma razão sólida que o fundamentasse, os cursos de desporto orientados para o prosseguimento de estudos em desporto saíram do ensino secundário. E como o nível de exigência dos programas de educação física nas escolas situadas não tange os requisitos exigidos por uma grande parte das instituições de ciências do desporto, aos alunos de desporto não lhes resta outra alternativa a não ser o mercado paralelo. E não me refiro ao mercado das explicações, mais ou menos declarado, que acolhe a maioria dos alunos que necessitam de treino intensivo nas disciplinas sujeitas a exame nacional. Refiro-me a conteúdos de ensino que podem não fazer parte dos programas de educação física situados porque, como julgo que devem saber, é necessário escolher e optar o que pode ser ensinado em cada escola face ao leque muito alargado de atividades físicas desportivas que fazem parte dos programas nacionais.
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) devia garantir a equidade no acesso ao ensino superior. A Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) devia verificar se os pré-requisitos são ou não exequíveis.
Duas duas três:
Ou o MEC recria, nos cursos científico-humanísticos, uma área de opção em desporto;
Ou a CNAES (atendendo à presumível articulação vertical do sistema educativo como justificar que na constituição da CNAES não exista um representante do ensino básico e secundário?) impede os pré-requisitos inexequíveis;
Ou estamos a falar de rigor e de exigência à la crate.