fevereiro 26, 2008
De luto pela educação
Estamos de Luto pela Educação
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fevereiro 23, 2008
delegação de competências
De facto, os Coordenadores dos Departamentos Curriculares (CDC) poderão delegar competências noutros professores titulares, tendo em conta o número de docentes a avaliar e os respectivos grupos de recrutamento! No entanto, os avaliadores das outras áreas disciplinares serão avaliados pelo CDC.
Ou seja, embora não tenha habilitações académicas para leccionar as disciplinas dos restantes grupos disciplinares, que não o seu, os CDC, são considerados aptos a avaliar colegas dessas áreas científicas e pedagógicas, esses sim, habilitados por instituições de ensino superior a executar tais funções.
Assim, um CDC do grupo de Educação Física poderá delegar competências em colegas de Artes Visuais, Educação Tecnológica, Educação Especial ou Música.
Mas será o CDC a avaliar os colegas de outras áreas em quem delegou as funções de avaliador. Da mesma forma um avaliador de Educação Física será avaliado pelo seu CDC, proveniente das áreas acima mencionadas.
O mesmo se passa nos restantes departamentos: apesar das maiores semelhanças quanto à estrutura das aulas e a maior proximidade das áreas envolvidas, será exequível que um professor de uma área avalie colegas de outras para as quais não tem competências científicas e pedagógicas?
Se lermos atentamente as grelhas de avaliação vamos encontrar parâmetros que são bastante específicos, para observação e classificação, cada um deles, em 5 níveis. De entre todos, destaco estes:
- correcção científico-pedagógica e didáctica na planificação das actividades lectivas;
- adequação de estratégias de ensino e aprendizagem aos conteúdos programáticos, ao nível etário e às aprendizagens anteriores dos alunos;
- diversidade, adequação e correcção científico-pedagógica das metodologias e recursos utilizados;
- cumprimento dos objectivos, orientações e programas ...
Parece-me bastante fácil cairmos em erros de análise, tanto pela positiva como pela negativa, quer como avaliados quer como avaliadores.
E consigo rever vários exemplos:
Muitos de nós já experimentaram a necessidade de explicar a outros colegas de áreas diferentes a especificidade da nossa disciplina, relativamente à qual muitos adultos têm poucas vivências. Até quando se arrastam ao ginásio, deixam transparecer frequentemente a sua estranheza quanto ao clima das nossas aulas: barulho, confusão, mau comportamento, o “anti-pedagógico” apito, as corridas e os “pinchos” ou mesmo a desorganização são características para além das quais, alguns colegas, nada mais conseguem vislumbrar!
É que isto de ter os meninos todos sentados à sua frente, no mesmo lugar ou de os conhecer pelos números não tem nada a ver com a agitação desejável numa aula de Educação Física. As metodologias de trabalho, os materiais os objectos o os objectivos de trabalho são diferentes e sem identificar essas diferenças não há avaliação possível.
O bom-senso prima pela ausência e só não se dá conta disto porque só preocupa, para já, 4 professores por escola (os CDC)… mas, na minha opinião, vai mais longe, e toca fundo na dignidade profissional que cada grupo disciplinar merece.
Não será de estranhar que não se tenham lembrado deste pormenor, tendo em conta que, nas altas esferas, as habilitações específicas não são relevantes no exercício da gestão de qualquer empresa ou mesmo do país, …
Ou ainda, que esta situação sirva para diminuir a taxa de desemprego de alguns formadores generalistas que nos ensinarão, a expensas nossas, claro, como avaliar as várias áreas científicas e pedagógicas sem as conhecer.
Ou que, qualquer dia sejam apenas os pais ou os presidentes das juntas ou até os auxiliares da acção educativa a preencher as ditas grelhas, já que nós, professores, temos tanta dificuldade nessa tarefa!!!!
fevereiro 16, 2008
Menos EF?
O Governo vai alargar ao segundo ciclo o conceito de «escola a tempo inteiro» que introduziu na antiga primária, reorganizando o horário e o currículo, nomeadamente através da concentração de disciplinas, disse a ministra da Educação em entrevista à agência Lusa.
Maria de Lurdes Rodrigues explicou que o modelo será muito semelhante ao do primeiro ciclo, sendo remetidas para «o final do dia» as actividades de enriquecimento curricular ligadas às expressões e ao estudo acompanhado, de forma a «concentrar na parte lectiva o essencial das actividades associadas à aquisição de competências básicas».
A decisão anunciada pela ministra da educação de reordenamento do elenco curricular no 2º ciclo irá remeter as disciplinas de 2ª ordem (na perspectiva de quem remete, obviamente) para o final do dia. Esta decisão política de escalonamento das disciplinas que compõem o currículo parece resultar de uma racionalidade técnica que revela a tendência para reduzir e encurtar a parte obrigatória do horário escolar, obviamente à custa da diminuição de horas das disciplinas consideradas menos nobres, como será o caso da Educação Física.
Esta decisão política necessita de ser devidamente explicada à luz de argumentos pedagógicos. No interesse da sociedade e dos alunos, o ME tem de esclarecer se estas medidas políticas encontram legitimação a partir daquilo que é pedagogicamente correcto e desejável e não a partir daquilo que é economicamente conveniente.
Não deixa de ser estranho que esta tomada de decisão (espero não passe de um equívoco plano de intenções) – a redução do número de horas a atribuir à disciplina de Educação Física e ao Desporto Escolar – ignore as recomendações do Parlamento Europeu que “Exorta os Estados-Membros a modernizar e melhorar as suas políticas em matéria de educação física, principalmente para que haja um equilíbrio entre as actividades físicas e intelectuais durante o período escolar (...) e convida os Estados Membros a apoiar a exigência de aumentar o tempo lectivo consagrado à educação física (...)”.
Não deixa de ser preocupante que as medidas de reordenamento curricular sejam equívocas quanto ao direito inalienável das crianças e jovens a uma educação integral. Seria uma lástima que através de um conceito enviesado de educação, o ME viesse a escamotear a relevância do domínio motor e corporal na escola.
Desejo sinceramente que o RELATÓRIO sobre o papel do desporto na educação não se encontre perdido numa sinistra gaveta “valteriana”.
fevereiro 13, 2008
Adultos em miniatura
Ministra diz que municípios vão poder gerir contratação e colocação de professores
fevereiro 11, 2008
fevereiro 08, 2008
Questões de Identidade
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