Quem está fora do sistema de ensino dificilmente poderá imaginar os estragos das políticas de terra queimada forjadas por este governo. Ontem, durante o Corta-Mato Distrital, cruzei-me com dezenas de colegas indefectíveis defensores do Desporto Escolar. O desânimo e a revolta são, muito provavelmente, os dois estados de espírito prevalecentes. E ao contrário do que se poderia pensar, constato que há um prenúncio de abandono desta espécie de missão em que se transformou o Desporto Escolar. Sobretudo os professores mais experientes, que até pareciam imunes ao ostracismo da tutela. Ficarão os novatos, maioritariamente contratados, e aqueles professores que não estão em condições de declinar as horas para preencher um horário.
O Desporto Escolar não morrerá apenas por uma questão de sobrevivência profissional. Mas a estocada parece ter provocado danos irreversíveis na sustentação de um projecto cujo alcance pedagógico não cabe na retórica falaciosa do político aldrabão.
1 comentário:
Como professor há mais de 25 anos, quase todos eles, também, no desporto escolar pergunto?
.será esse tempo que dediquei a esta causa não conta?
. desde sempre deixei afazeres pessoais e familiares para dar o meu tempo aos jovens que viram no desporto escolar o seu espaço de prática, essa dedicação não conta?
. Usaram e abusaram do meu, e de outros como eu, empenho e agora podes ir, será assim?
Deixe-se de tretas sra. ministra, o país viveu e vive dos jovens que temos, vamos dar-lhes condições, valores e verão que tudo muda.
Desporto escolar sempre!!!
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