março 22, 2008

Divulgação: AF Actividade Física em Populações Especiais

O aumento crescente do número de licenciados na área da Educação Física e Desporto coincide também com o aumento da taxa de desemprego nesta mesma população. Assim, como resposta ao desafio que nos é colocado neste ultimo ano da licenciatura, decidimos apostar num tema que consideramos actual e acima de tudo com utilidade e interesse para a população referida.
Por estas razões, conjuntamente com o facto de ser cada vez mais, impossível entrar na escola, na área da docência, entendemos que são necessários novos olhares sobre a Educação Física, nomeadamente na vertente da Educação Especial, da Actividade Física e Saúde e da Recreação, Aventura e Lazer. Assim, uma vez que o desporto e a actividade física são actualmente parte integral da vida social, sendo catalogados como os pressupostos de referência de um conjunto de valores e regras que representam em si a força geradora da sua dinâmica e importância, decidimos apostar num tema que possibilita a visão e abertura de novos ramos e possibilidades de trabalho na área da Educação, Desporto e Saúde.


Pelas razões anteriormente referidas, esta Acção de Formação tem como objectivo sensibilizar, apresentar e promover a reflexão sobre novas oportunidades de emprego e consequentes temáticas que pela sua especificidade preocupam os técnicos e docentes que trabalham nas áreas de Educação Física, Desporto e Saúde.



LIVRO

Prefacio:
Professor Luís Manuel Gomes de Melo


Autores dos capítulos:
Prof. Dr.ª Helena Moreira - UTAD
Mestre Natércia Padilha - UTAD
Mestre Vitorino Cardoso – FCDEF – UP
Prof. Estagiaria Ana Brás
Prof. Estagiaria Florbela Aragão
Prof. Estagiaria Florinda Oliveira

http://afespecial-sabrosa.blogspot.com/

afespecial@gmail.com

março 10, 2008

Ainda a propósito da municipalização da contratação docente

A municipalização da contratação docente, em nome dos ideais de descentralização, gestão de proximidade, conhecimento local, esconde, temo eu, uma agenda de fragmentação da classe docente e desprofissionalização dos professores.
A meu ver, as câmaras municipais não têm dimensão suficiente para se constituírem como tutela administrativa dos professores e das escolas. Além disso, num tempo de escassez de vaga e de desemprego de professores, a passagem das contratações para as câmaras pode ser um pretexto para pôr em causa a contratação colectiva e introduzir elementos de precarização do vínculo através de contratos individuais, tal como se verifica com o ensino do inglês e das outras actividades de complemento curricular no primeiro ciclo.
A intenção de passar as aulas de educação física e das áreas de expressão para a parte da tarde parece-me uma clara segregação do currículo e a menorização das áreas de expressão, que passarão, se isto for para diante, a ser vistas como actividades complementares, actividades de extensão, eventualmente facultativas, se os pais assim o quiserem. Todo o esforço que tem sido feito de constituir estas áreas curriculares como áreas de ensino e aprendizagem como as outras sofrerá com isto um rude golpe. Pestalozzi e Dewey devem estar a dar voltas na campa com tamanha tacanhez intelectualista.
Note-se que a concentração de horários da educação física (a manter-se o carácter obrigatório da disciplina) ditarão necessariamente um agravamento das condições de trabalho dos professores - até porque obrigará a um elevado aumento do número de alunos por professor com aglutinação de turmas.
O futuro não se me apresenta nada risonho, ou serei eu que estou a ficar demasiado azedo e pessimista?

Amândio Graça