setembro 01, 2007

Reabertura

Reabrimos o blogue neste 1º dia de Setembro deixando para trás uma curta pausa lectiva, insuficiente para regenerar as feridas resultantes das alterações ao ECD e do 1º concurso para professores titulares.

Esta reentrada, algo anacrónica, não pode servir de pretexto para desviarmos o olhar das rotinas de planeamento e de preparação do ano lectivo. Há que enfrentar os obstáculos normativos noutros palcos redobrando se possível o vigor, e cuidar da nossa área disciplinar com o mesmo afinco de sempre. É este o meu desafio!
E enquanto aguardamos que o resto da equipa regresse com energia suficiente para nos provocar a reflexão, deixo-vos um assunto que me tem deixado bastante perplexo: a pretensa inexequibilidade na operacionalização dos programas de Educação Física dos cursos de educação e formação.
Como a cama é curta para se deitarem todas as disciplinas que fazem parte da matriz curricular destes cursos, houve necessidade de emagrecer os módulos de matéria até porque o tempo semanal de aulas está nos limites da razoabilidade. E onde encontro a inexequibilidade? Na dificuldade em viabilizar um conjunto de objectivos, nomeadamente, aqueles que se prendem com a aplicação dos princípios de treino e o desenvolvimento da Aptidão Física na perspectiva da Saúde (objectivos centrais para a disciplina).

Várias questões se poderiam colocar após esta constatação. Mas há uma questão central que tem de ser encarada de frente: Se as organizações profissionais de Educação Física e as sociedades científicas da mesma área, reivindicam para a disciplina de Educação Física um mínimo de três horas semanais para poder cumprir as incumbências pedagógicas que lhe estão atribuídas, será menos lesivo para os alunos reclamar junto da administração o respeito das tais 3 horas semanais esgotando o crédito horário anual (30 horas anuais) até ao final do 1º período? Ou será que há outras razões, além das razões corporativas que se prendem com a criação de horários, para aceitarmos, passivamente, os 45 minutos semanais distribuídos ao longo do ano lectivo?

4 comentários:

henrique santos disse...

É uma vergonha que a EF nestes cursos tenha a carga horária de 45 minutos semanais. É gozar com a disciplina, com os alunos e com os professores. Aos responsáveis por tal decisão só resta dizer: tenham vergonha.

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é gravíssimo que esses cursos funcionem assim tal como os profissionais que têm uma carga por ano lectivo que fica muito aquem do que é exigível, a mim parece-me que só colocam ali a EF para fazer de conta. Enfim é a diferença entre o legal e o legalismo.....ainda esta semana numa acção de formação dizia que é triste que se tenha que que legislar para tentar salvaguardar a dignidade humana....

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